Flamengo se manifesta após ação polêmica que bloqueou repasse da Libra

Flamengo e a Polêmica dos Direitos de Transmissão

A recente controvérsia envolvendo o Flamengo e os repasses de direitos de transmissão gerou um burburinho considerável no mundo do futebol brasileiro. O Clube de Regatas do Flamengo decidiu entrar com uma ação na Justiça Comum com o intuito de bloquear os repasses de recursos que são destinados a outros clubes que participam da Liga do Futebol Brasileiro, conhecida como LIBRA. Esta decisão não veio sem uma bagagem de reclamações, especialmente de equipes que já estão com suas contas bastante apertadas.

A Ação Judicial e Seus Motivos

Em uma nota oficial, o Flamengo se posicionou juridicamente sobre o tema, explicando detalhadamente as razões que o levaram a buscar a reversão na divisão das cotas de direitos de transmissão. O clube destacou que “o Clube de Regatas do Flamengo ajuizou nos últimos dias medida judicial, com pedido de liminar, contra a Liga do Futebol Brasileiro – LIBRA.” O objetivo central é proteger o Flamengo de prejuízos adicionais que possam surgir devido a um modelo de divisão de receitas que, segundo eles, não reconhece o potencial gerador de recursos do próprio clube.

Divisão de Receitas Proposta

Desde que se juntou à LIBRA, o Flamengo concordou em dividir as receitas de maneira equilibrada. A proposta inicial previa que 40% das receitas fossem repartidas igualmente entre todos os clubes, enquanto 30% seriam distribuídos com base na classificação final do Campeonato Brasileiro da Série A e os outros 30% seriam divididos conforme a audiência gerada por cada equipe. Esse último ponto, no entanto, é o que está no centro da discórdia.

Direito de Veto e Assembleia Geral

De acordo com o Estatuto da LIBRA, existe um legítimo direito de veto que é compartilhado entre o Flamengo e os demais clubes. Isso significa que a aprovação do critério de rateio das receitas deve ser unânime. Para discutir esse assunto, foi convocada uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) no dia 16 de maio de 2025. Durante essa reunião, o Flamengo se opôs à proposta de divisão de receitas, e a assembleia foi suspensa sem uma deliberação final.

O debate foi retomado em uma nova AGE em 26 de agosto de 2025, onde o Flamengo e o Volta Redonda mais uma vez votaram contra a proposta defendida pela LIBRA. O Flamengo se sentiria prejudicado, recebendo apenas 20,41% da receita de audiência, o que, segundo eles, não reflete o seu real poder de geração de receitas, uma vez que a torcida do Flamengo representa 47% entre os clubes da LIBRA.

Buscando uma Solução Amigável

Embora o Flamengo tenha mostrado disposição para encontrar uma solução amigável e estivesse aberto a concessões, os outros clubes se mostraram intransigentes, resultando em um prejuízo anual estimado em mais de 100 milhões de reais para o clube, uma perda de 37% em comparação com o contrato anterior. Diante dessa situação, o Flamengo se viu forçado a recorrer à justiça, uma vez que a insistência da LIBRA em impor esse novo cenário configuraria um descumprimento do Estatuto, o que é considerado ilegal.

Preocupações com a Ação Judicial

O Flamengo enfatiza que não tem interesse em litígios, dado que a maior parte dos valores em questão pertence ao clube, que é o que possui a maior audiência no país. A equipe ressalta que é ruim para a instituição que as receitas a que tem direito fiquem retidas judicialmente. Contudo, não é possível concordar com a solução imposta pela LIBRA, que consideram injusta e prejudicial.

Considerações Finais

Por fim, o Flamengo reitera que sua luta se baseia na busca por respeito à sua representatividade, que as decisões dentro da LIBRA sejam tomadas segundo as regras do Estatuto e da Lei, e que a história e o valor de cada clube sejam reconhecidos de forma justa. Essa situação é um lembrete da complexidade que envolve o mundo do futebol e as relações entre clubes, especialmente em momentos em que as finanças estão tão apertadas.

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