Mãos dadas: Ricardo Rocha se emociona e relembra trajetória do tetra

Ricardo Rocha e o Simbolo da União: A História do Tetra de 1994

No último domingo (9), o ex-zagueiro Ricardo Rocha fez uma participação emocionante no programa CNN Esportes S/A, onde relembrou momentos marcantes da conquista do tetracampeonato mundial em 1994. Entre as histórias que ele compartilhou, uma das mais impactantes foi a origem do icônico gesto de entrar em campo de mãos dadas, que se tornou um símbolo da união da Seleção Brasileira durante toda a campanha.

Em sua fala, Rocha demonstrou uma profunda emoção ao recordar a pressão que a equipe enfrentou, especialmente em Recife, onde a trajetória da seleção começou a mudar. Ele comentou sobre a tensão que o grupo sentia antes dos jogos, especialmente após uma derrota desastrosa para a Bolívia nas Eliminatórias. Essa derrota, segundo ele, foi um divisor de águas, um momento que forçou a equipe a encontrar uma nova forma de se unir e lutar.

“A gente perdeu de 2 a 0. Foi tudo errado naquele jogo. E a gente fala: ‘Meu Deus, o que a gente passou ali, a gente não pode passar nessa Copa não’”, lembrou Rocha.

A lembrança do passado, onde Rocha jogou pelo Santa Cruz nos anos 80, foi o que inspirou o gesto das mãos dadas. Ele revelou que, em um momento de desespero e vaia, decidiu fazer um apelo à imprensa para unir a equipe. Foi assim que ele propôs a ideia de entrar em campo de mãos dadas, algo que se tornou uma tradição durante a Copa do Mundo de 1994.

“As mãos dadas, você sabe que foi criada por mim. Na minha terra. Quando a gente estava sendo vaiado, eu, graças a Deus, fiz um apelo à imprensa.”

Após essa proposta, Rocha se reuniu com seus colegas de time, incluindo Ricardo Gomes, Raí e Branco, e todos concordaram em adotar esse gesto. O que se seguiu foi uma performance impressionante, onde a Seleção Brasileira venceu a Bolívia por 5 a 0 no primeiro tempo do jogo. A atmosfera no estádio era eletrizante e o gesto de união percorria toda a equipe, criando um ambiente de apoio mútuo.

“Aquelas mãos dadas vão de Recife até o último jogo da Copa com a Itália.”

Ricardo Rocha enfatizou o significado desse gesto, que simbolizou a força coletiva da Seleção até a conquista do título em Los Angeles. Ele destacou que ninguém consegue triunfar sozinho e que a união é fundamental em qualquer conquista. Essa mensagem ressoou não apenas entre os jogadores, mas também entre os torcedores, que se sentiam parte daquela jornada emocionante.

Ao relembrar sua cidade natal, Recife, Rocha expressou sua gratidão e a emoção que sentiu ao voltar para lá como campeão do mundo. O sentimento de retribuir à sua terra natal através da conquista foi algo que o tocou profundamente, mostrando que o sucesso é mais doce quando compartilhado com aqueles que sempre estiveram ao seu lado.

“É muito emocionante pra mim, porque aquele garoto de 83, criado ali, volta à sua terra.”

Ricardo Rocha, com seu relato sincero, nos lembra que o espírito de equipe e a solidariedade são essenciais não apenas no esporte, mas em todas as áreas da vida. A história do gesto das mãos dadas não é apenas uma lembrança de um momento glorioso do futebol brasileiro, mas um ensinamento sobre a importância de estar unido, especialmente em tempos difíceis.

O programa CNN Esportes S/A, que chega à sua 116ª edição, continua a explorar os bastidores do mundo esportivo, discutindo tópicos que vão além do campo, como economia e negócios. Com apresentação de João Vitor Xavier, o programa busca trazer uma nova perspectiva sobre o que acontece no universo do esporte, que movimenta bilhões e atrai a atenção de todos nós.

Em suma, a história de Ricardo Rocha e do gesto das mãos dadas é um lembrete poderoso de que, juntos, somos mais fortes, e que o verdadeiro triunfo é aquele que é celebrado em equipe.



Recomendamos